"Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles." Rui Barbosa

terça-feira, 29 de maio de 2012

Opinião a respeito da finalidade principal da Cidasc


Diante de comentários feitos por funcionários da Cidasc , que não conhecem as atividades atribuídas à nossa Companhia, ao longo de seus 32 anos de existência, bem como pelas últimas reformas administrativas feitas pelo Governo Catarinense, vimos colocar o que segue:

A atividade de fiscalização a nós delegada por legislação federal e estadual vigentes, são fruto de demanda da sociedade que exigiu e está a exigir ainda mais.

Quanto a que nossa empresa vai ser odiada nos próximos anos pelas suas atividades, entendemos que o próprio tempo, as ações já desenvolvidas no passado e as que estamos executando se encarregarão de desmentir.

Os muitos anos de campanhas de vacinação contra a febre aftosa, as ações decorrentes da resistência de muitos produtores e até de representações de categorias, que demandavam inclusive atuação de policiamento e da justiça, muito criticados à época, hoje estão aí para todos verem o resultado.

Santa Catarina é o único estado brasileiro a ser Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.

E muita gente discursa sobre este feito, mesmo sem nada ter contribuído à época, a não ser criticar os agentes públicos, funcionários da Cidasc.

As ações de fiscalização  voltadas para  sanidade dos alimentos que estão à nossa mesa  e a busca da  sanidade dos produtos de origem animal e vegetal consumidos diariamente por todas as famílias deve ser mais uma ação "odiada" pela população.... Imaginemos que ninguém gosta de alimentos que sejam  produzidos e conservados de forma correta e segura para o consumo...

Outra ação"odiada" pela população deve ser o controle de agrotóxicos, quer visa reduzir o seu uso, e com isso  a contaminação dos alimentos in natura ,  os danos ambientais e a saúde publica.
Isso deve causar um "ódio" na população incrivelmente grande... afinal, o Brasil é apenas o maior consumidor mundial de agrotóxicos... pra que se preocupar???

O problema  de agrotóxicos hoje é tão sério que  a Assembléia Legislativa, ciente das problemas existentes, realizará o 1º Seminário da Região Sul sobre Análise de Resíduos de Agrotóxicos em  Alimentos, na cidade de Florianópolis, no mês de junho do corrente ano.
Alguém se lembrou de mencionar os resultados do PARA – Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos?

Estas pessoas que estariam odiando a atuação dos fiscais da Cidasc, no combate ao comércio de sementes e mudas que não são sementes e mudas, e que causam incalculáveis prejuízos aos produtores, gerando desemprego no campo, falta de renda, desajustes sociais, lucros cessantes por falta de produção, por exemplo de mudas frutíferas, onde se percebe o prejuízo alguns anos depois, continuariam odiando a Cidasc, caso fossem elas as vítimas?

Quem não gosta  ou tem medo da fiscalização são os que não seguem as leis, e que fazem as coisas a seu bel-prazer, em benefício próprio  em detrimento dos demais cidadãos. Estes, realmente, odeiam fiscalização, e são esses que a fiscalização busca para enquadramento . Quem faz as coisas de forma correta não tem o que temer.

O Ministério Público  está cobrando mais ações da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca,
( previstas em lei inclusive )  CIDASC, EPAGRI, FATMA, SAÚDE  e outros órgãos na fiscalização, como por exemplo o Termo assinado visando a fiscalização e análise de alimentos no CEASA São José.

Este termo estabelece as competências de cada instituição , sobre o resultado das análises feitas mensalmente em produtos comercializados in natura, para verificação de resíduos de agrotóxicos.

Poucos sabem que mensalmente, o Ministério Público Estadual, convoca funcionários destes órgãos e os fiscais estaduais agropecuários da Cidasc , para que comprovem a sua atuação pró ativa.

Igualmente não sabem que resultados práticos já foram alcançados como a diminuição no uso de agrotóxico nas lavouras e alterações nas formas de cultivo.

Por fim, mais fácil seria criar apenas programas “simpáticos” para atender interesses pontuais e esquecer dos compromissos futuros com a sustentabilidade e competitividade de nossa agropecuária diante do cenário nacional , comércio internacional , saúde pública e conservação dos recursos naturais.

A fiscalização em defesa agropecuária é feita para toda a sociedade e, até a presente data, no Estado de Santa Catarina esta é uma atribuição da Cidasc.

Buscar mecanismos para que esta atribuição seja mais eficaz, não é compromisso apenas de algumas categorias funcionais, mas de toda a estrutura da Companhia e de seus Dirigentes.


Milton Luiz Breda
É Engenheiro Agrônomo, com 32 anos de serviço prestados à Cidasc
Opinião autorizada para publicação no blog da AFEA SC



Um comentário:

  1. Resultado muito satisfatório da audiência, não podemos deixar de engrossar as fileiras para termos o reconhecimento de nossa real função, regularizando plenamente nossas atividades.
    Continuem contando com o apoio!
    Todeschini

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