Diante de
comentários feitos por funcionários da Cidasc , que não conhecem
as atividades atribuídas à nossa Companhia, ao longo de seus 32
anos de existência, bem como pelas últimas reformas
administrativas feitas pelo Governo Catarinense, vimos colocar o que
segue:
A
atividade de fiscalização a nós delegada por legislação federal
e estadual vigentes, são fruto de demanda da sociedade que exigiu
e está a exigir ainda mais.
Quanto a
que nossa empresa vai ser odiada nos próximos anos pelas suas
atividades, entendemos que o próprio tempo, as ações já
desenvolvidas no passado e as que estamos executando se encarregarão
de desmentir.
Os muitos
anos de campanhas de vacinação contra a febre aftosa, as ações
decorrentes da resistência de muitos produtores e até de
representações de categorias, que demandavam inclusive atuação
de policiamento e da justiça, muito criticados à época, hoje estão
aí para todos verem o resultado.
Santa
Catarina é o único estado brasileiro a ser Área Livre de Febre
Aftosa Sem Vacinação.
E muita
gente discursa sobre este feito, mesmo sem nada ter contribuído à
época, a não ser criticar os agentes públicos, funcionários da
Cidasc.
As ações de fiscalização voltadas para sanidade dos alimentos que estão à nossa mesa e a busca da sanidade dos produtos de origem animal e vegetal consumidos diariamente por todas as famílias deve ser mais uma ação "odiada" pela população.... Imaginemos que ninguém gosta de alimentos que sejam produzidos e conservados de forma correta e segura para o consumo...
Outra ação"odiada" pela população deve ser o controle de agrotóxicos, quer visa reduzir o seu uso, e com isso a contaminação dos alimentos in natura , os danos ambientais e a saúde publica.
Isso deve
causar um "ódio" na população incrivelmente grande...
afinal, o Brasil é apenas o maior consumidor mundial de
agrotóxicos... pra que se preocupar???
O problema de agrotóxicos hoje é tão sério que a Assembléia Legislativa, ciente das problemas existentes, realizará o 1º Seminário da Região Sul sobre Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, na cidade de Florianópolis, no mês de junho do corrente ano.
Alguém
se lembrou de mencionar os resultados do PARA – Programa de Análise
de Resíduos de Agrotóxicos?
Estas
pessoas que estariam odiando a atuação dos fiscais da Cidasc, no
combate ao comércio de sementes e mudas que não são sementes e
mudas, e que causam incalculáveis prejuízos aos produtores, gerando
desemprego no campo, falta de renda, desajustes sociais, lucros
cessantes por falta de produção, por exemplo de mudas frutíferas,
onde se percebe o prejuízo alguns anos depois, continuariam odiando
a Cidasc, caso fossem elas as vítimas?
Quem não gosta ou tem medo da fiscalização são os que não seguem as leis, e que fazem as coisas a seu bel-prazer, em benefício próprio em detrimento dos demais cidadãos. Estes, realmente, odeiam fiscalização, e são esses que a fiscalização busca para enquadramento . Quem faz as coisas de forma correta não tem o que temer.
O Ministério Público está cobrando mais ações da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca,
( previstas em lei inclusive ) CIDASC, EPAGRI, FATMA, SAÚDE e outros órgãos na fiscalização, como por exemplo o Termo assinado visando a fiscalização e análise de alimentos no CEASA São José.
Este
termo estabelece as competências de cada instituição , sobre o
resultado das análises feitas mensalmente em produtos
comercializados in natura, para verificação de resíduos de
agrotóxicos.
Poucos
sabem que mensalmente, o Ministério Público Estadual, convoca
funcionários destes órgãos e os fiscais estaduais agropecuários
da Cidasc , para que comprovem a sua atuação pró ativa.
Igualmente
não sabem que resultados práticos já foram alcançados como a
diminuição no uso de agrotóxico nas lavouras e alterações nas
formas de cultivo.
Por fim,
mais fácil seria criar apenas programas “simpáticos” para
atender interesses pontuais e esquecer dos compromissos futuros com
a sustentabilidade e competitividade de nossa agropecuária diante do
cenário nacional , comércio internacional , saúde pública e
conservação dos recursos naturais.
A
fiscalização em defesa agropecuária é feita para toda a
sociedade e, até a presente data, no Estado de Santa Catarina esta
é uma atribuição da Cidasc.
Buscar
mecanismos para que esta atribuição seja mais eficaz, não é
compromisso apenas de algumas categorias funcionais, mas de toda a
estrutura da Companhia e de seus Dirigentes.
Milton
Luiz Breda
É
Engenheiro Agrônomo, com 32 anos de serviço prestados à Cidasc
Opinião
autorizada para publicação no blog da AFEA SC